segunda-feira, 22 de novembro de 2010

UNIASSELVI

“NÃO BASTA SABER, É PRECISO SABER FAZER” (1) O patrono e protótipo da UNIASSELVI, Leonardo da Vinci, fundamentou sua vida e suas ações no seguinte lema: DALLA MENTE ALLE MANI. Numa tradução bem literal quer dizer: DA MENTE ÀS MÃOS, isto é, é necessário que aquilo que está na mente possa se concretizar, se materializar, possa ser feito. A UNIASSELVI resolveu adotar esse lema e dar-lhe uma conotação atual, ou seja, de enquadrá-lo na ciência e no conhecimento socialmente aceito pela sociedade: NÃO BASTA SABER, É PRECISO SABER FAZER. O conhecimento hoje é aceito como tal quando pode ser transformado em ação, do contrário é apenas retórica, falácia e utopia que não condiz com os valores da ciência dos tempos atuais. O conhecimento, a ciência, é a atividade humana que descreve e explica os diferentes campos da realidade, buscando introduzir mudanças nos mesmos. O conhecimento, portanto, requer uma atitude ativa e não contemplativa, já que a finalidade é operar sobre a realidade para transformá-la. Há muito tempo o filósofo ensinou: “a questão não é apenas compreender o mundo, a questão é transformar o mundo”. Para isto é necessária a ação. Não se trata de um mero utilitarismo desmedido, trata-se de buscar a compreensão do que é “conhecimento”, que, no limite, é ter a competência e/ou habilidade e/ou aptidão de dar respostas aos problemas que se apresentam, sejam eles de compreensão, de aplicação, de avaliação e/ou de conhecimento, nos seus aspectos teóricos, práticos, existenciais, operacionais e valorativos. A competência aqui apregoada é definida como o conhecimento em ação, a habilidade reconhecida do “fazer” e a aptidão que se manifesta no modo de agir sobre a realidade. NÃO BASTA SABER, É PRECISO SABER FAZER. Parodiando o apóstolo que diz: “a fé sem obras é morta”, pode-se afirmar que “o conhecimento sem a ação é morto, não existe, é mera falácia”. (1) A UNIASSELVI, desde sua concepção, baseou sua maneira de ser em quatro princípios orientadores gerais. Neste trabalho estamos esclarecendo alguns pontos do primeiro princípio: NÃO BASTA SABER, É PRECISO SABER FAZER”. Nos números subseqüentes falar-se-á sobre os demais princípios orientadores gerais, bem como sobre os princípios de aprendizagem, princípios de ação e os princípios pedagógicos que orientam toda a família UNIASSELVI. "CADA UM TEM QUE CONSTRUIR SUA HISTÓRIA" Este é o segundo princípio norteador de toda a atividade da ASSELVI, como mantenedora, e da UNIASSELVI, como mantida. Pensou-se em mudar o “TEM QUE” por outro verbo ou expressão como, por exemplo, “cada um deve construir a sua história”. Todavia, a expressão “TEM QUE”, embora não soe muito bem, traduz melhor o papel que cada um tem que desempenhar na construção da sua vida, em todas as suas dimensões. Neste palco, cada um tem que ser ator e não um mero artista. Dentro do palco da vida, cada indivíduo tem virtudes e limitações próprias, ou seja, não há uma forma humana igualitária, como pregam algumas doutrinas; sem dúvida, isto levaria a uma utopia paralisante. As ações de cada ator não são distribuídas, são construídas; cada pessoa constrói a sua história e o seu papel dentro da sociedade. Nesta corrida em busca da própria construção há aqueles que largam com vantagem e outros que partem em desvantagem; todavia, não importa a situação da partida, o que importa é que todos precisam entrar nesta corrida em busca da construção da sua história, seja no seu sentido material, seja no seu sentido espiritual. Este princípio está também diretamente ligado à educação. A aprendizagem é resultado da construção ativa, feita pelo sujeito, ou seja, o indivíduo deve desenvolver hipóteses próprias acerca do funcionamento do mundo e deve colocá-las à prova permanentemente. Sua competência é o conhecimento em ação, é uma habilidade reconhecida, é uma capacidade que se manifesta no modo de agir sobre a realidade. Há muitos que entram nessa corrida armados com a atitude negativa, lamentando-se da falta de oportunidades. Esse caminho produz somente indivíduos infelizes e insatisfeitos. Os críticos negativos somente destroem; os otimistas é que constroem a si mesmos e conseguem modificar a sociedade. A UNIASSELVI, ao assumir esse princípio norteador, vê em cada um de seus professores, funcionários e acadêmicos, um indivíduo que deu a largada, independentemente da vantagem ou desvantagem inicial, e está prosseguindo nesta caminhada em busca de sua construção pessoal e profissional. Os frutos serão colhidos, paulatinamente, ao longo do caminho; o fruto maior será a compreensão de que, neste palco da vida, “cada um tem que construir a sua história”. FORMAÇÃO DE EMPREENDEDORES Este é o terceiro princípio norteador de toda atividade da UNIASSELVI. Não se trata apenas de pregar uma idéia, trata-se de agir de forma empreendedora em todos os setores da instituição. Como exemplo, podemos citar o próprio diário de classe do professor. A UNIASSELVI não se fixou apenas numa lista de nomes. Colocou as fotos dos alunos com o seu respectivo contato (telefone, endereço...), para que o professor que tem a memória visual mais desenvolvida pudesse conhecer melhor sua classe e para que pudesse se comunicar com o acadêmico, quando necessário. O empreendedorismo não se ensina, se faz. O exemplo não é a melhor forma de educar para o empreendedorismo, é a única. Desta forma, a instituição ou empresa, como um todo, deve ser empreendedora. Empreendedorismo é a filosofia ou posição diante da vida que ensina que a vida pode ser reinventada a cada momento; se você não encontrou um emprego, crie um para você. É uma filosofia que ensina que em tudo existe um dever à nossa espera, na próxima dobra da vida. É uma filosofia que nos ensina que em cada um de nós existe um inventor, um criador que precisa ser liberto. É uma filosofia que nos ensina que é preciso correr algum risco. Nada é mais letal para a pessoa do que se conformar com a rotina, mãe da monotonia e cortina que encurta horizontes. Aliás, para um espírito aberto não existe rotina absoluta, ele sempre será capaz de enxergar, ainda que por um tênue fio de luz, um espaço para o diferente. Assim, ser empreendedor é, em resumo, exercitar a diferença e, nessa condição, buscar a produção do novo. Não se forma empreendedor com aulas de empreendedorismo, ele se forma num ambiente empreendedor. Em aula se apreende algumas diretrizes. Não importa a posição que se ocupa no arranjo técnico-social da organização a que se está ligado; não importa a posição que se ocupa no arranjo do quadro social, sempre será possível vislumbrar algo de novo, de diferente que possa ser feito. É preciso educar-se para essa possibilidade. A NEGOCIAÇÃO: PARADIGMA DO RELACIONAMENTO HUMANO Este é o quarto princípio norteador das ações da UNIASSELVI: “A negociação como paradigma do relacionamento humano”. Nenhuma pessoa ou organização detém todo o saber, todo o poder, todo o tempo, todos os instrumentos, todos os interesses, todos os gostos, todos os sonhos. Todos são portadores de limitações. As limitações colocam cada indivíduo e cada organização em relação com o outro. A partir daí, começa um processo de negociação constante. A negociação, para chegar a bom termo, deve ser conduzida sob os princípios da ética, da moral e da lei. Esses princípios não se negociam, são pressupostos básicos para se iniciar qualquer negociação. Portanto, negociar e sempre negociar é fundamental, tendo, porém, como base, o princípio da ética. A ética implica sempre na clareza, na sinceridade, na honestidade e na verdade na formulação de propostas. Por outro lado, a negociação exige muita dedicação, aplicação e persistência em sua execução. Nesse processo, cada pessoa e/ou cada organização se faz ator, companheiro, colaborador e parceiro de um mesmo e único objetivo que deve satisfazer a todos. A negociação, como paradigma do relacionamento humano moderno, não pode faltar em nenhum grupamento de pessoas, seja este uma família, uma instituição, uma sala de aula, uma empresa ou uma nação. Todavia, a flexibilidade, exigência indispensável num processo de negociação, não implica em abdicar dos princípios e normas, da ética e da moral.