Como podemos definir uma pessoa apenas de Branca ou Preta, qual a diferença? Quando se diz a respeito exclusivamente da cor é obvio a diferença.
Mas quando falamos de seres humanos...
É inacreditável que ainda tenhamos em pleno século XXI, na era do conhecimento da informação digital perder tempo com idiotices, sempre encontramos alguém, ou melhor, muitos que carregam a bandeira desbotada, rasgada, sem propósito, preconceituosa, diríamos que desastrosa para a humanidade. É fácil identificar esses portadores de bandeiras, essas pessoas deixam bem claro todos que os rodeiam, parece que tentando disseminar a “tal doença do preconceito” contando estórias e piadas ou casos vividos, fazem isso de forma sistemática contagiando os demais e humilhando suas vitimas.
A lei N.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Com isso, professores devem inserir em seus programas aulas sobre os seguintes temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional.
O mais impressionante é que em época de que tudo se pode com liberdade e igualdade é preciso que o governo tome providencia quanto à exclusão racial, preconceito, entre outros, criando e aprovando o Estatuto da Igualdade Racial, que pasmem, tramitou durante dez anos pelas duas casas legislativas do país entrando em vigor no dia 20 de outubro deste ano.
O inacreditável que durante todo esse tempo, dez anos, aconteceram barbáries com negros, índios, pobres, religiosos, entre outros, e mesmo assim a sociedade como um todo esperou, esperou e esperou que tomassem uma providencia e ainda permite a segregação racial, étnica, fazendo-se de ignorante no assunto, justificando-se “... eu não sou racista...,... só não gosto desses ou daquele, por ser diferente...”.
Lembrando que antes de haver o racismo já havia a xenofobia (medo de estrangeiros). Então, no começo da história, quando um povo via outro povo diferente guerreavam assim como as tribos nômades. Então os povos foram se fixando, cada povo com sua cultura e religião diferente. Um povo já via o outro povo como um povo bárbaro. Interessantemente eles não se achavam bárbaros e sim os outros. Com o tempo um povo foi fazendo pacto com outros, e os povos foram se tolerando. De qualquer forma, observamos que ainda existem críticas aos portugueses (eles são burros), aos americanos (eles são imperialistas), isso é cultural.
Um povo fica procurando diferença no outro. Certas pessoas, por terem características físicas bem diferentes, ficam mais destacadas, pois o aspecto físico deles mostra que eles fazem parte de um povo que não se misturou muito com os outros. Então, por Alguém identificar uma pessoa como diferente, esse Alguém vai lembrar da cultura e da origem do povo daquela pessoa, e esse Alguém vai entender que essa pessoa é diferente das pessoas globalizadas (estas que compartilham praticamente das mesmas crenças políticas e religiosas e praticam os mesmos hábitos). Assim as pessoas ficam procurando defeitos em outras pessoas porque acham que estas pessoas fariam o mesmo com ela. Ou seja, uma pessoa tem maldade porque acredita que se a outra pessoa tivesse oportunidade também teria a mesma maldade.
Precisamos continuar trabalhando e disseminando nas escolas, para nossos filhos que somos iguais, seres humanos que dividem o mesmo mundo e que diferentes são as coisas e cores, azul, amarelo, vermelho, verde, preto, laranja, branco, rosa e arco Íris, que diferente é a riqueza e a miséria que não dá oportunidade para todos.
(leia no site www.portaldaigualdade.gov.br/)
ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL – Projeto de Lei do Senado nº 213, de 2003 (nº 6.264, de 2005, na Câmara dos Deputados). Texto Aprovado pelo Senado Federal, em 16.06.2010