segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Eleições Democráticas

Fico imaginando se o voto fosse facultativo... Será que todos iriam votar e exercer a tão falada cidadania? Mas, o pior de tudo é a falsa esperança de que votar é democrático, se fosse não seria obrigatório, não teríamos horário político, neste momento cada um escolheria para assistir o que lhe desse mais prazer. Se fosse facultativo os candidatos teriam que realmente trabalhar em prol do povo para conquistar o seu voto para valer a pena sair de casa em pleno domingo e demonstrar o ato de cidadania. O mais triste é acreditar que temos direito a uma escolha e no final submetermos a um desencanto, a uma frustração. Claro que este meio legítimo é uma conquista social, ainda que não haja outro caminho de avanço além do ato de eleger alguém para nos representar. No entanto, as máscaras são tantas que acabamos nos iludindo, todos são bons com um marketing bem feito, são confiáveis, quantas promessas e compromissos altruístas. O problema é que no momento todos acreditam que estão votando na pessoa certa e que realmente conhece a ética de seu escolhido. Mas o poder provoca um fascínio impressionante e muitos se aproveitam deste beneficio, ainda pergunto: por que um palhaço não pode ser escolhido? Somos feitos de palhaços quase todos os dias. Poderíamos dizer que foi apenas um protesto, prefiro acreditar que houve uma democracia, por que um circo não precisa ser exatamente representado por uma cara pintada ou uma lona estendida, pode ser qualquer lugar. A democracia consiste no amplo direito de escolha sem restrição, ainda que seja para proteger o eleitor ou a própria “Democracia” como diz Abraham Lincoln “ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento”. O eleitor tem todo direito de votar certo ou errado. Para punir a incompetência dos eleitos depende exclusivamente da justiça fazendo cumprir a lei quando o parlamentar ou o gestor cometer delitos. Precisamos analisar sem nos deixar levar pelos discursos acalorados e envolventes, outras campanhas virão e como formadores de opinião precisamos preparar nossos filhos para que não cometa os mesmos erros, precisamos alimentar seus sonhos, ensiná-los a ter um olhar de desconfiança, reconhecer a arrogância, ensinar a votar com sabedoria e coragem, pensar sempre na coletividade e não na expressão de suas ambições individuais. Não precisamos de agradecimentos de quem nós elegemos se cumprirem seu compromisso não estará fazendo mais que à obrigação, pois precisamos sim de agradecimentos de nossos filhos, eles estarão aqui para pagar o preço de nossa negligência.