Essa síntese tem como objetivo abordar Fundamentos Históricos e Epistemológicos da
Educação, considerações sobre as referências básicas da educação no acumular-se
histórico e sua relação com o conceito amplo de educação e as principais
características do mundo contemporâneo e sua relação com a educação enquanto
desafios a serem enfrentados pela prática pedagógica.
Esses temas estudados e fundamentados por alguns autores propõem
discussões que norteiam os propósitos da educação e na busca constante em
descobrir novos caminhos contextualizando o homem de hoje com as mudanças
ocorridas com o passar do tempo.
Considerando que educação tem sido assunto discutido em grandes
congressos no mundo. Nunca se falou tanto em educação como neste século. A
respeito de educação Vieira Pinto afirma.
“A Educação é o
processo pelo qual a sociedade forma seus membros à sua imagem e em função de
seus interesses”.
Fazendo uma retrospectiva histórica encontramos o
homem como o grande responsável pela evolução. A princípio vivia-se a sociedade
agrícola, a principal função era o cultivo da terra, tornou-se então a grande
perspectiva da época. Aproximadamente no
século XIX o homem passa a abandonar a vida nômade e tem como priori a
sociedade industrial, nesta, as relações sociais estavam ligadas ao trabalho em
fábricas, e, a sociedade contemporânea, começa a ser compreendida como a
sociedade do conhecimento, esta, ligada à informatização à robotização, enfim,
percebe-se que as atividades manuais passam a ser controladas por máquinas, das
quais produzem com maior velocidade e precisão necessitando em menor escala do
homem para a produção.
Sentido-se excluído deste processo
de transformação, tornou-se necessário à aquisição de novos conhecimentos sendo
o homem desafiado a refletir e interagir com o seu meio buscando novas
informações e saberes de diferentes naturezas. O conhecimento tornou-se “peça”
fundamental para a sobrevivência com dignidade.
Levando em consideração que a educação pode ter
significados diferentes, a formal, meio familiar onde o individuo está inserido
nesta que as raízes culturais se fundamentam, e a informal, que é na escola,
onde começa as divergências culturais, nem sempre a escola está preparada para
exercer o papel de mediadora entre o crescimento intelectual e a ascensão
social, pois são preparados e firmados valores já existentes ou ainda novos em
formação, sem uma visão critica com argumentos suficiente para defender seu
ponto de vista, o homem encontra dificuldade para conviver com outros
comprometendo o êxito de seu aprendizado.
Freire (1987 p. 68) afirma.
“Ninguém educa ninguém,
ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo
mundo”.
Partindo desse principio a educação problematizadora é como prática de
liberdade, no entanto, apenas o conhecimento empírico não é o suficiente é
preciso ser protagonista no processo de aprendizagem transformando a
informação, construindo e buscando novos conhecimentos, exigindo de seus personagens
uma nova concepção de comportamento. Ambos são educadores e educandos,
aprendendo e ensinando em conjunto, mediatizados pelo mundo. Aprender é apenas meio. A qualidade da
formação básica é o fator modernizante mais eficaz da sociedade e da economia. Muito embora a valorização da educação no
sistema produtivo moderno não mude a essência do capitalismo, introduz, na
sombra de vantagem para o capital, oportunidades pertinentes para o
trabalhador, que incluem parâmetros menos drásticos de exploração da mão-de-obra,
sem falar no suporte para a cidadania do trabalhador. A educação é componente substancial de
qualquer política de desenvolvimento, não só como bem em si e como mais eficaz
instrumentação de cidadania, mas igualmente como o primeiro investimento
tecnológico. Segundo essa linha, o educador passa a ser o problematizador, que
desafia os educando que são agora investigadores críticos, permeados por
constantes diálogos, pois a educação como prática de liberdade deve negar o
conceito de isolamento e abstração do ser humano, assim como tornar o mundo uma
presença constante em seu diálogo.
Síntese sem aprofundamento histórico (apenas como texto pessoal)
Cléo Santana