Apesar das inúmeras dificuldades denunciadas pelos acadêmicos em 2011, o curso de agronomia da Universidade Federal de Rondônia (Unir), em Rolim de Moura, teve seu reconhecimento renovado pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior. O curso oferece 50 vagas e teve sua renovação autorizada no último dia 6, em portaria assinada pelo secretário Luis Fernando Massonetto.
No ano passado, durante uma audiência pública realizada no plenário da Câmara de Vereadores de Rolim de Moura, os acadêmicos denunciaram a falta de professores, materiais didáticos, transportes, reestruturação do espaço físico e internet no campus da Unir.
A situação de abandono do campus levou o Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, a instalar Inquérito Civil Público para buscar uma solução para o caso.
A Controladoria Geral da União (CGU) esteve em 2010 no campus e constatou na época os seguintes problemas: falta de chaves das salas do campus; veículo caminhonete parado no pátio por falta de bateria e motor de arranque; precariedade na limpeza do campus, por falta de pessoal da limpeza; falta de capacidade de energia elétrica no prédio da biblioteca, recém-construída; falta de mapa de risco; de extintores; de laudos dos bombeiros e da vigilância sanitária nas dependências; banheiro do alojamento feminino precisando de limpeza e reforma.
Todo esse relatório foi produzido por um servidor, Omilson Clayton Dias (da equipe de auditoria da CGU). As instalações físicas do campus também foram alvo de inspeção pelo Ministério Público Federal, após denúncia dos estudantes, que por meio do Ofício 139/2010, requisitou do diretor do campus, que tomasse providências para regularizar as situações encontradas.
Na época, os acadêmicos informaram que o curso de Engenharia Florestal corria o risco de não ser reconhecido pelo MEC. Eles relataram que no campi não existe laboratórios exigidos para a formação profissional dos acadêmicos e muito menos acervo bibliográfico. Tudo isso é uma exigência do MEC para reconhecimento do curso.
“A situação lá é tão crítica que professores são obrigados a guardar material didático em banheiros por falta de espaço. As obras não concluídas no campus de Rolim de Moura prejudicam todos os estudantes, já que são apenas 9 salas para abrigar 16 turmas” denunciaram os acadêmicos.
http://www.rolnews.com.br/