O conceito da epigenética se traduz pelas adaptações que animais e plantas podem sofrer em seus genes sem que eles tenham alteradas suas "letras", ou nucleotídeos, que dão a receita para o organismo produzir as proteínas reguladoras das funções do corpo.
Confuso? Pense no seu rosto. Você pode cortar o cabelo curtinho ou deixá-lo crescer. Sua aparência mudará, mas os traços - formato do nariz, cor dos olhos - continuarão os mesmos. Ela é diferente de uma mutação em que é a mudança na sequência das letras, na essência do gene e pode ser desencadeada por um fator externo (exposição a químicos, por exemplo), ou por "acidente", quando um nucleotídeo desaparece ou é trocado por outro durante o processo de duplicação do genoma. A epigenética é uma mudança não na ordem das letras, mas na maneira como um gene é "ligado" ou "desligado". Todas as nossas células contêm exatamente o mesmo código genético, mas a maneira como ele é "expressado" varia conforme o tecido. Um exemplo: nas células do fígado o gene da proteína responsável pela produção de esperma está inativo, pois não há necessidade de funcionar naquele órgão. Mas ele existe. Fatores ambientais, como alimentação, poluição, uso de drogas, prática de exercícios, contato com substâncias tóxicas, podem alterar esse padrão de liga e desliga, deixando uma "marca" epigenética que é transmitida a cada nova divisão celular, influenciando nosso código genético e de gerações futuras.
Para conhecer mais sobre esse novo ramo da Genética e como os fatores ambientais podem influenciar a ação dos nossos genes.
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG87034-7943-217-1,00-EPIGENETICA+A+CULPA+E+DOS+SEUS+PAIS.html
Tutoria Interna de Ciências Biológicas