segunda-feira, 19 de julho de 2010
Após meses de negociações entre os principais lideres da Nação Cinta Larga na busca por uma solução definitiva para a questão do garimpo de diamantes na reserva do Roosevelt, os indígenas chegaram a um consenso comum para a realização de uma operação para a retirada de todos os brancos que se encontravam dentro da reserva trabalhando na escavação em busca de diamantes. Após mais de nove anos mantendo essa atividade clandestina dentro de suas terras, os índios Cinta Larga em quase toda a sua totalidade acabaram aceitando a proposta de se fazer a retirada de todo homem branco juntamente com suas maquinas da área denominada “Baixão do Laje”.
Para convencer os “parentes” na retirada do homem branco das terras indígenas, as lideranças mais velha da etnia alegaram a perda de cultura por parte dos Cintas Largas que em convívio com o branco no local estavam perdendo a sua identidade, esquecendo a cultura mantida pelos antepassados ao longo dos anos. Esse contato com homem branco começou a mudar a vida do índio, principalmente os mais jovens que começaram a imitar o branco no uso de roupas, alimentação e também se enveredando no mundo perigoso do vicio da bebida e também das drogas.
A prostituição também foi outro mal que se alastrou entre os indígenas devido à presença do branco no convívio na área. As doenças antes desconhecida pelos índios chegou junto com o garimpo e fez muitas vitimas entre os Cinta Larga. Tentando reverter essa situação, as lideranças buscaram o entendimento entre os caciques e depois de uma reunião na aldeia central foi decidido acabar de vez com o garimpo do Roosevelt.
A decisão é limpar todo a área do Baixão do Laje e não deixar nem um parafuso no local
Com a decisão tomada os caciques Cinta Larga deram a ordem para os garimpeiros oriundos na área para abandonarem o local em dois dias levando todos os seus equipamentos. Após a ordem ser repassada no Baixão do Laje houve uma debandada geral com dezenas de garimpeiros saindo da área levando seus equipamentos.
Muitos garimpeiros acostumados com os constantes boatos de que o garimpo iria fechar acabaram deixando maquinários pesados como tratores de esteira, PC, Toyota e pares de maquinas com a esperança de logo poderem retornar à área e continuar a atividade clandestina. Porém a decisão que foi tomada durante as negociações entre os lideres ficou decidido que nada ira ficar para trás. Para isso após a saída da ultima leva de garimpeiros os índios estarão fazendo contato com a base da Policia Federal e FUNAI para coordenarem uma operação e promover a retirada de todo equipamento que por ventura tenha ficado nas “Fofocas”. “Agora a coisa é para valer, nós não querer nem mais um parafuso dentro do Baixão”. Afirmou um dos caciques.
Índios percorrem toda área do Baixão queimando os barracos abandonados pelos garimpeiros
Após vencer o prazo dado pelos caciques para a saída de todo homem branco na área da reserva do Roosevelt, os caciques juntamente com seus guerreiros percorreram toda a área do garimpo destruindo o que restou dos diversos acampamentos dos garimpeiros. Mais de duas centenas de barracos que serviam de abrigo para os garimpeiros foram destruídos com fogo assim como os materiais de trabalho que não foram retirados a tempo pelos escavadores. Esse trabalho de destruir os acampamentos foi coordenado pelos próprios índios que por terem o conhecimento do local e não tiveram dificuldades em localizar as aglomerações e executar o trabalho. “Vamos destruir todos os barracos e queimar tudo que sobrou para que o homem branco não insista em voltar de maneira clandestina e novamente se instalar no local”. Afirmou João Pamaré.
Ao longo da exploração do diamante milhares de metros de floresta foram destruídas pela ação das máquinas
Percorrendo as varias áreas de exploração as imagens são impressionantes e retratam com detalhes o tamanho do estrago causado pelos garimpeiros durante os mais de nove anos de atividades no local. Uma área de mais de 500 campos de futebol totalmente revirada pela força dos tratores de esteira, PC e pelos potentes jatos de água que varreram o chão na busca das pedras brilhantes. Os locais com árvores centenárias tombaram arrancadas pela raiz pelos jatos de água que cortaram o cascalho na busca das jazidas. Com certeza a natureza a partir de agora levará outros centenas de anos para se regenerar e recuperar o que foi destruído. Essa é a partir de agora a grande preocupação dos índios Cinta Larga que estão se preocupando com a destruição de suas terras por conta da exploração desordenada em busca dos diamantes. O principio da conscientização por parte dos índios possibilitou a criação da “Operação Laje” que conta com o apoio de órgãos do governo e que irá mudar para sempre a situação no local.
Comunidade Cinta Larga busca alternativa com o projeto Laje
A operação Laje é o resultado de varias reuniões com órgãos do governo na busca de maneira legal e pacifica por parte dos índios e da Policia Federal para tentar resolver a situação do garimpo que a 10 esse garimpo vem funcionando, fechando e abrindo por isso estamos discutindo há meses tentando maneira de fechar o garimpo de vez. “Várias vezes tentamos fechar o garimpo, mas por falta de um dialogo não conseguimos”. Agora os índios em parceria com o governo elaboraram o “Projeto Laje” onde os próprios índios irão tomar conta da área do garimpo.
Esse projeto Laje irá disponibilizar recursos no valor de R$ 3 Milhões de reais para custear o treinamento e a manutenção de um grupamento de 25 agentes índios que irão fazer a fiscalização para proteger a área da reserva do Roosevelt. Essa decisão foi tomada depois de campanhas feitas pelo Conselho Cinta Larga fez dentro da comunidade dizendo que os recursos naturais que existem na reserva como ouro, diamante e madeiras são recursos, são patrimônios coletivos e não de apenas um índio só. Como a maioria dos índios entendeu essa campanha, hoje a comunidade tomou a decisão que não quer mais os recursos sendo explorado de maneira errada e não sendo explorado para beneficiar uma única pessoa, mas que seja beneficiada toda a comunidade. Por isso que hoje o garimpo esta sendo tomada conta pela comunidade indígena.
Construção de cinco bases de fiscalização dentro do “Projeto Laje”
Ainda dentro do “Projeto Laje” existe o estudo para a construção de 05 bases sendo uma dentro do garimpo. A construção da base no garimpo já esta sendo providenciada pela Policia Federal e FUNAI cujos recursos já se encontram aprovado para a construção dessa base para uso da Policia Ambiental, FUNAI e os agentes indígenas que ficarão encarregados de fiscalizar o interior do território.
Esse trabalho contará com o apoio da Policia Federal que fará a segurança no entorno da reserva, mas se for identificado à exploração dentro da reserva, os agentes dentro da reserva poderão acionar a Policia Federal para que faça a retirada dos agentes invasores. Outras quatro bases serão construídas, sendo uma no Distrito do Pacarana para coibir a retirada de madeira com a coordenação da FUNAI, Policiais e agente indígenas. A terceira base será construída no setor da Roda Dagua em Vilhena na divisa do território Cinta Larga para coibir a retirada de recursos naturais: madeira, garimpo, caça e pesca predatória. Outra base será construída em Juina para proibir a exploração e retirada de madeira do interior da reserva indígena. A ultima base será construído em Aripuãna para proibir a extração de madeira da reserva. Essas bases terão toda a infraestrutura com torres de vigilâncias, internet, telefone, televisão, camionetes modelo Savana para o deslocamento dos agentes durante a fiscalização da área.
Um futuro melhor! É o desejo da comunidade
Um fato intrigante vem preocupando técnicos da Prefeitura de Rolim de Moura, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente (SEMAM), bem como outros órgãos ambientais do município, que buscam informações acerca das misteriosas mortes de centenas de peixes no Rio Bamburro, na altura das linhas 200 e 204, zona rural. Segundo informações, os pescadores do entorno teriam presenciado o fato há pelo menos uma semana.
Os pedidos de socorro vieram dos moradores daquela região, que temem por não saberem as causas da contaminação. Visando uma solução, as autoridades ambientais do município se uniram para descobrir o que está ocorrendo com o rio bamburro e por onde iniciou a contaminação.
Preocupado, o secretário municipal da SEMAM, Osní Ortiz, alertou a população para que não utilizem daquela água em hipótese alguma. “Nossos técnicos, juntamente com os técnicos da Sedan e do Ibama, coletaram diversas amostras da água para análise. Enquanto não encontramos a resposta, precisamos do cuidado dos moradores, como não tomarem banho naquela água, bem como não se alimentarem dos peixes daquele rio, evitando eventuais contaminações”, alertou, completando ainda que a água vem sendo imprópria para fins de consumo, seja ele humano ou animal.
Esta não é a primeira vez que fatos assim acontecem em Rolim de Moura. Em 2007, algo semelhante foi registrado no igarapé São Pedrinho – afluente do rio Bamburro. Na época, um frigorífico foi responsabilizado e multado por crime ambiental, acusado de despejar produtos orgânicos, que ocasionou na falta de oxigenação da água.
O fato mais intrigante, é que entre os peixes, alguns foram encontrados ainda com vida, porém em processo de necrose. Nenhuma hipótese foi descartada, a suspeita é que tenha ocorrido uma contaminação por derramamento de produtos tóxicos. Acredita-se que nos próximos dias o mistério seja desvendado.
Prefeitura Mun. De Rolim de Moura
Dep. De Comunicação Social
Ranking do Enem 2009 mostra desigualdade entre escolas públicas e privadas
Brasília - Das 20 melhores escolas de ensino médio do país, 12 estão na Região Sudeste, quatro na Região Centro-Oeste, quatro na Nordeste e apenas duas são públicas. O diagnóstico, que mostra a desigualdade entre as instituições dependendo da localidade ou do gestor, está no resultado do desempenho por escola no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009, divulgado hoje (19) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação.
O desempenho das escolas foi calculado com base na média total obtida por seus alunos nas provas objetivas e na redação. A média nacional, segundo o Inep, foi de 500 pontos. As escolas particulares conquistaram os melhores resultados e são maioria no ranking, com 18 das 20 posições. A melhor escola do país, segundo os resultados do Enem 2009, é o Colégio Vértice, de São Paulo, com média total de 749,7.
Em seguida, estão o Instituto Dom Barreto, de Teresina, com 741,59 pontos, e o Colégio São Bento, do Rio de Janeiro, que liderou a classificação nos últimos dois anos e, em 2009, teve média total de 741,32 pontos.
As duas únicas instituições públicas da lista das 20 com melhor desempenho no Enem são escolas ligadas a universidades. O Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV) obteve média total de 734,66 pontos e ficou com a sétima colocação no ranking. Ligado à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), o Colégio de Aplicação Fernando R. da Silveira teve média total de 722,58 e aparece na 17° posição
Com 249,25 pontos, metade da média nacional, o pior desempenho no exame foi o da Escola Estadual Indígena Dom Pedro I, em Santo Antônio do Içá, no Amazonas.
A participação no Enem é voluntária. Escolas com menos de 2% de participação de alunos no exame não tiveram suas médias divulgadas.
http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24915853
terça-feira, 13 de julho de 2010
Palestra com Luis Marins
Formado em antropologia o professor Luis Almeida Marins Filho é considerado um dos maiores palestrantes do Brasil e estará em Rolim de Moura hoje no CTG, em evento promovido pelo Sebrae e ACIRM.
Ele utiliza os métodos da antropologia para estudar e propor soluções criativas e adequadas à realidade cultural e social das empresas e organizações visando o seu completo desenvolvimento e obtenção de resultados voltados para o mercado em que atuam. sua idéia inovadora foi a principal motivação para que o Sebrae e a Associação Comercial de Rolim de Moura firmassem parceria para trazer até Rolim de Moura
Reunião define metas para a casa da criança
No último dia 08 pela manhã reuniram-se na prefeitura Municipal, o prefeito, o presidente da Câmara Municipal João Rossi Junior, a promotora da vara da Infância e da Juventude, representantes do CMDCA, Conselho tutelar, a diretoria da casa da criança e outros segmentos da sociedades. Discutiram sobre as extruturas e condições físicas da casa, bem como, a qualificação dos profissionais que ali trabalham para que possam oferecer qualidade de vida, e dignidade para as crianças.
Um dos assuntos discutidos foi que a casa deve ser um lugar de passagem com acompanhamento e abrigo temporário até que sejam resolvidos os problemas com os familiares ou mesmo direcionados para adoção e não uma moradia a longo tempo.
Todos estão empenhados para que todos os problemas citados na reunião sejam resolvidos em caráter de urgência, cada um assumindo sua responsabilidade, tanto o prefeito quanto o Juninho representando o legislativo afirmaram que buscarão parcerias e o que for da alçada do legislativo e executivo farão o possível para que os problemas sejam resolvidos.
Teatro
O ator Vinicius de Carvalho esteve nos dias 06 e 07 de julho em Rolim de Moura no Teatro Municipal Francisca Verônica de Carvalho com a apresentação “Cárcere” no dia 06 não foi possível o mesmo se apresentar, pois faltou energia e o ator em respeito ao público fez uma breve demonstração como seria o espetáculo no dia 07.
É a segunda vez que o ator apresentar monólogo na cidade e diz que interesse do público e receptividade que recebeu foram os principais motivos da sua volta.
Vinícius estreou “Cárcere” em São Paulo em 2008. A encenação conta o drama de um presidiário prestes a tornar-se refém de uma rebelião iminente, dividindo suas aflições e pensamentos escritos num diário. O monólogo é uma reflexão sobre liberdade.
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