quarta-feira, 2 de junho de 2010

Necessidades Especiais Quem não as tem?

“ No caso da educação escolarizada, é relevante destacar que a profissão docente é ética por excelência; é um ato de “professar”, ou seja, exercer pública e socialmente o ato ético de contribuir na formação de pessoas”.

( Zita Lago, 2003 pág, 41)



Ao falarmos de alunos portadores de necessidades especiais é necessário uma ampla discussão das estruturas física da escola, materiais pedagógicos, verbas, capacitação de professores, parceria de pais e alunos, enfim, entre muitas questões que norteiam esta realidade, com diferenças individuais em sociedade, mais especificadamente na escola, pois, este é um assunto abordado em toda sociedade.

A educação especial é aquela destinada a pessoas como crianças, adultos e jovens portadores de necessidades especiais. Ela deve ser oferecida em todos os níveis, da educação infantil a educação superior, de preferência na rede regular de ensino, dessa forma, está explicito na LDB capítulo V artigos 58 a 60, artigos estes que amparam legalmente a inclusão na rede regular (Federal, Estadual e Municipal).

A escola apresenta-se como uma instituição social responsável por intermediar o aluno com a sociedade. No momento em que o professor é o mediador da cultura juntamente com os modelos sociais de comportamento e valores morais, estará permitindo que a criança “ humanize-se”, por esta linha de raciocínio, acredita-se que a criança passa a ingressar e entender culturas diferenciadas na escola, pois até então, imita o meio social da qual convive, no caso, sua família.

Nas instituições educacionais, encontramos personalidades e necessidades diferentes, das quais, os professores devem estudá-las para que haja o ensino e aprendizagem de acordo com cada ritmo dos alunos que ali estão, porém, quando há na sala de aula um aluno com necessidades especiais físicas há uma rejeição por parte da comunidade escolar, pois são “diferentes” e neste caso torna-se necessário um ensino capaz de superar a dificuldade do educando, incluir de fato, não separando alunos “normais” e “anormais”, já que do ponto de vista social entende-se por normalidade o grupo de pessoas que seguem uma linha de raciocínio, que ”atendem apropriadamente às exigências estabelecidas para os seus membros... nesse contexto, as pessoas que apresentam respostas muitos diferentes daquelas que são esperadas ou que são consideradas importantes para o grupo social” são “rotuladas” como anormais, assim pessoas com algum defeito aparente são anormais também: deficiente auditivo, visual...

Nesse sentido, percebe-se que normal e anormal é uma questão cultural, e não existe uma razão para a exclusão de um aluno portador de necessidades especiais em salas de aula.

Na realidade, a inclusão do aluno portador de deficiências na escola comum é dificultada pela infra-estrutura inadequada, pela falta de professores capacitados, e pela insuficiência de materiais e equipamentos, além de um rigoroso planejamento institucional e governamental. A questão de sociabilidade é garantida pela respeitabilidade que cada aluno deverá adquirir não por imposição e sim como característica própria de cada cidadão, pois este é o objetivo da escola, formar cidadãos capacitados, que tenham consciência de que ética os valores são essenciais por toda a vida, e neste caso não precisa de exceção para confirmar a regra, educação é para todos.